Pedale como Marina

O Pedale como Marina é um movimento de pessoas da sociedade civil, pesquisadores, ativistas, mãe, pai, parentes, amigos e amigas de Marina Kohler Harkot. É um instituto com a missão de manter e difundir o legado, pensamento e ações de Marina e divulgar estudos, dados e ações para colocar em pauta a violência do trânsito da cidade de São Paulo e de outros locais do Brasil.

A iniciativa foi lançada dois anos depois que Marina foi atropelada e morta por um motorista embriagado na Zona Oeste de São Paulo, em novembro de 2020. A morosidade do processo judicial, a sensação de impunidade e a percepção de que existem muitos outros casos similares espalhados pelo país, mobilizou a família, ativistas, associações, pessoas amigas da pesquisadora e profissionais ligados a este abrangente e urgente campo de estudos e ação para lançar o movimento.

Os objetivos, ações e atividades do Pedale como Marina estão concentradas neste site. Podemos dizer que será um espaço para lembrar as pessoas que se foram, vítimas de sinistros envolvendo o automóvel, promover debates para a construção de cidades melhores e mais humanas, além de promover a cultura da bicicleta. Queremos que o exemplo de Marina e de tantas outras pessoas inspire a uma vida mais saudável, menos centrada na cultura do automóvel, da velocidade e, consequentemente, na mutilação e morte de pedestres, ciclistas, motociclistas, passageiros e, inclusive, motoristas de veículos, algozes e vítimas ao mesmo tempo

Marina foi atropelada enquanto pedalava de volta para casa numa noite de sábado, em novembro de 2020. Ela fez este caminho incontáveis vezes com a sua bicicleta, companheira de caminhos, trilhas, estradas, inspiração luta e ferramenta para deslocamento na cidade. Naquela noite, sua volta para casa foi interrompida por um motorista bêbado em alta velocidade, mas também pelo descaso e omissão do poder público e por interesses que tornam a cidade um lugar hostil para pessoas e confortável apenas para os carros.

Este site é um memorial que vai compartilhar o legado de Marina e de tantas outras pessoas que partem e não chegam ao seu destino…deixando a ausência, a saudade, o desconsolo e a desesperança ocupar cada dia de nossas vidas. Com ele, queremos abrir caminhos para que a justiça seja feita, com a urgência que se faz justa, ainda que insuficiente para aplacar a nossa dor. Ele também pretende ser um local que fará brotar ideias para que as cidades cumpram o seu papel histórico da boa convivência entre todas as pessoas, com direito de ir e vir, e oportunidades iguais de acesso ao espaço urbano, o espaço que nos faz viver, em comum, o fato de sermos todos humanos.

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