Marina Kohler Harkot

1992 2020

Eram 4 horas da manhã quando recebemos a ligação da amiga da Marina nos avisando que precisávamos ir para São Paulo pois Marina havia sofrido um acidente fatal. Um motorista bêbado, em alta velocidade, matou-a sem sequer parar para socorre-la. E o turbilhão começou em nossas vidas e em muitas outras também. Inimaginável. Imediatamente um círculo de amigos nos cercou com carinho e atenção para apoio e auxílio nos encaminhamentos necessários. Registro na delegacia, funeral e outros trâmites.

Marina havia escolhido a cidade de São Paulo para morar e estudar. Gostava da vida urbana e do que ela proporcionava. Além da academia, cursando doutorado na FAU/USP, atuava em diversos grupos de mobilidade e gênero. Bem articulada, criou e fortaleceu redes e movimentos. Publicava bastante, contribuindo com reflexões importantes e trazendo novas inquietações para o debate, apesar dos seus 28 anos. Estava desenhando sua vida profissional e afetiva. Falava fluente alemão, inglês e francês. Após dois anos e duas audiências, foi determinado júri popular para o motorista, que continua em liberdade. Acreditamos que deve ocorrer uma mudança na justiça, na celeridade das análises e na determinação de pena que faça justiça à falta eterna que nossa filha faz. Tornamos nosso luto em luta, para que nenhuma família, amigos, parceiros, passem por isso.

Por cidades mais humanas, mais solidárias e amorosas.

Atropelar ciclista NÃO é acidente!

Deixe seu carinho para Marina

Vamos manter vivas as memórias de Marina.
Conte-nos uma história, fale de sua relação com Marina, ou simplesmente diga o quanto Marina era especial para você. ♥

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